Começo a escrever ao som de “tá tudo caro, tá tudo caro, é tudo culpa do bozonaro”. Ver as pessoas se empenhando em tirar onda com esse governo acalanta meu coração sempre angustiado. Apesar desse preâmbulo meu tema não será política.
Essa semana brinquei no instagram de listar as 10 coisas que mais amo e a décima foi “rabugentar com meu namorado”. Das coisas que eu rabugento é gente que abre um projeto na internet, posta uma vez, some no turbilhão da vida e depois volta para os 5 seguidores que tem com um papo “desculpa meu sumiço, eu prometo que de agora em diante vou postar X vezes, já fiz um cronograma, blá blá blá”.
Eu sou favorável a pessoa só voltar como se nada tivesse acontecido porque todo mundo segue zilhões de pessoas e ninguém consegue verdadeiramente dar conta de quem some. Enquanto você sumiu da internet estourou uma guerra na Europa, um cara controverso ganhou o BBB, Lula lançou candidatura. É muita muita muita coisa rolando o tempo todo, e a gente que tá produzindo nosso conteúdo é só mais um mosquitinho zumbindo. O outra piando, como eu gosto de me definir.
Mas eis que eu fiz exatamente isso, inventei uma newsletter, configurei blog, configurei mensagem de boas vindas, fiz post teste, fiz post número 1, chamei todo mundo e… sumi. Agora eu tô voltando… e se antes eu prometi uma frequência mensal (porque já sabia que semanal não ia rolar) vim aqui “desprometer” frequência. Se um dia vocês acharem meu texto super foda, quiserem me pagar um café e eu receber pra escrever aí, talvez, eu prometa frequência de novo.
Mas uma coisa que me travou na escrita foi exatamente querer fazer algo foda de cara. Porque meu lado controverso é bem assim metido a besta “eu só faço algo se for pra ser foda”. Daí eu vou escolher um tema super-relevante, depois vou rascunhar o texto, deixar descansar por uma semana, revisar, escolher as palavras perfeitas, os tamanhos dos parágrafos que imprimam um bom ritmo, vou ilustrar, melhor eu mesma vou fazer uma fotografia, desenho colagem, eu vou eu vou eu vou dormir.
É o que muitas vezes acontece quando eu estou querendo fazer várias coisas foda ao mesmo tempo. E olha, é uma longa caminhada para aprender a simplesmente fazer. Nem mal feito, nem foda, feito. Isso deve vir da infância, mas talvez a primeira vez que essa obsessão por tudo bem feito me pegou de jeito foi no mestrado. Tive que ouvir de um amigo doutor “dissertação boa é dissertação defendida”. A isso soma-se o dito popular “feito é melhor que perfeito”.
E quando falo que tenho obsessão por fazer as coisas foda, eu dou um cala a boca na parte de mim que quer achar q eu sou a única que quer fazer as coisas foda. Tem um montão de gente como eu. Eu vejo nos meus amigos, nos alunos e pessoas aleatórias que conheço pela vida.
Daí gente, não vou me alongar mais que isso. Cai no que eu criticava, escrevi um texto metalinguístico sobre a dificuldade que tive de escrever uma newsletter. Eu sei que não é um texto… foda. Mas é sincero, de coração. Não desistam de mim, pode ser que a próxima cartinha valha muito a pena. Pode ser que ela venha mais rápido. Ou não…
Só me digam aí se essas ideias fizeram sentido e se vocês são assim também. Ou se nem tchum, vocês vão lá e dão cabo das tarefas sem sofrer.
Um xêro, e vamo simbora aproveitar o fim de semana!
(qlqr erro de digitação releve e me avise, esse texto não foi revisado)
Tempo e energia finitas
Também me identifique com esse texto, hehehee
Também tenho me frustrado com essa constatação diária de que o tempo é finito e minhas vontades, infinitas. E esse negócio de só querer mostrar o que tá bem feito... Nossa... No fim só dá vontade mesmo é de dormir antes de começar kkkkk